Geral
A cochonilha dos cactos Atrococcus mamillariae (anteriormente conhecida como Spilococcus cactearum) é uma praga dos cactos e de outras suculentas. Foi descrita pela primeira vez em Inglaterra, mas a sua origem não é clara. Atualmente, encontra-se em muitas suculentas cultivadas em estufa em todo o mundo, uma vez que foi provavelmente distribuída pelo comércio de plantas ornamentais.
Ciclo de vida e aspeto da cochonilha dos cactos
O nome das cochonilhas deve-se ao facto de o corpo das fêmeas, a partir do terceiro instar ninfal, estar coberto por um material ceroso branco sob a forma de pó, fios, projecções pontiagudas ou plaquetas. Os ovos são depositados numa massa pegajosa e espumosa de fios de cera, denominada saco de ovos. As ninfas de primeiro instar da cochonilha dos cactos são castanho-amareladas e ainda não estão cobertas de cera. Têm uma mobilidade ativa e são conhecidas como "rastejantes".
A partir do segundo instar, ficam cobertas de exsudado ceroso branco e tornam-se mais sedentárias, movendo-se apenas ocasionalmente. Após o segundo instar, os machos formam uma pupa. Após uma metamorfose completa, um macho alado emerge desta pupa. Os machos não possuem peças bucais e são incapazes de se alimentar. Têm uma vida curta durante a qual estão totalmente empenhados em procurar fêmeas para fertilizar.
A ninfa de segundo instar, por outro lado, transforma-se num terceiro instar e depois numa fêmea adulta sem uma metamorfose completa. As ninfas de terceiro instar e as fêmeas adultas são ovais e cobertas de cera. A fêmea adulta tem 1,7-3,3 mm de comprimento.
Sintomas de danos
A cochonilha dos cactos infesta geralmente os caules, mas pode ocasionalmente ser encontrada nas coroas, raízes e flores. Dependendo da espécie de planta hospedeira, as infestações com cochonilhas causam descoloração das plantas e, mais tarde, necrose do tecido. Também podem ocorrer deformações nas plantas. As plantas fortemente infestadas deixam de crescer e acabam por morrer.