Pulgão da cannabis

Geral

Embora tenha sido descrito pela primeira vez em 1860, o pulgão da canábis(Phorodon cannabis; também conhecido como pulgão bhang ou pulgão do cânhamo) é uma praga muito recente na América do Norte. Foi observado pela primeira vez em estacas provenientes do Colorado em 2016 e está agora disseminado por todo esse estado e pelo Oregon. A sua distribuição inclui também vários outros estados e partes do Canadá. O pulgão da canábis assemelha-se muito ao pulgão do lúpulo(Phorodon humuli), ao ponto de ser necessária uma análise microscópica da cabeça para os distinguir. O pulgão do lúpulo é comum na produção de lúpulo na América do Norte; há relatos não confirmados de que o Phorodon humuli também se desenvolve em plantas de canábis.

Ciclo de vida e aparência do pulgão da Cannabis

Os pulgões adultos da canábis têm entre 1,8 e 2,7 mm de comprimento. Normalmente não têm asas, mas uma forma alada aparece no final do verão. No início da estação, os pulgões são quase incolores a amarelo pálido e, à medida que os dias se tornam mais curtos, mudam para verde claro ou castanho com riscas verdes escuras ao longo do corpo. As formas aladas têm a cabeça e o tórax escuros. Os pulgões da canábis têm antenas compridas (1,1-2,2 mm) e entre elas há dois botões curtos (tubérculos antenais). Os seus cornicles (o par de pequenos tubos verticais, apontando para trás na extremidade traseira do pulgão) são brancos e têm quase ⅓ do comprimento do corpo do inseto.

OsPhorodon cannabis reproduzem-se normalmente de forma assexuada; as fêmeas nascem essencialmente grávidas e dão à luz descendentes vivos e geneticamente idênticos. As ninfas recém-nascidas atingem normalmente a maturidade num par de semanas e os adultos vivem até um mês.

No exterior, à medida que os dias encurtam no final do verão/início do outono, são produzidos machos alados e fêmeas que se reproduzem sexualmente. Após o acasalamento, a fêmea deposita os seus ovos nas folhas, flores e caules para hibernar e produzir a geração seguinte de afídeos na primavera. Nas estufas, a reprodução sexual é muito rara e só é desencadeada se a iluminação assinalar um dia mais curto.

Sintomas de danos

O pulgão da cannabis é um sugador de seiva, como todos os pulgões, e as plantas afectadas são prejudicadas pela perda deste fluido vital. Os seguintes sintomas de danos podem ser observados quando as plantas são infestadas por Phorodon cannabis:

O excesso de seiva é excretado nas folhas e nas flores sob a forma de uma "melada" pegajosa que favorece o desenvolvimento de fungos negros.
A pele branca torna-se visível nas folhas.
Podem estar presentes pulgões vivos em colónias visíveis; os pulgões instalam-se frequentemente no interior dos botões para se alimentarem.
Diminuição do crescimento das plantas; folhas murchas e amareladas.
Transmissão de doenças virais entre plantas, nomeadamente: hemp streak virus, hemp mosaic virus, hemp leaf chlorosis virus, cucumber mosaic virus, hemp mottle virus e alfalfa mosaic virus.